Nós só queremos Portugal a arder?
Quando o Ministro do Ambiente veio afirmar que a causa de alguns incêndios estava relacionada com armas trazidas por ex-combatentes da guerra colonial, o país político estremeceu e o primeiro ministro veio pedir desculpas pela incúria do seu escolhido. Agora que se sabe que grande parte da descoordenação no incêndio na Tapada de Mafra se deve a munições da responsabilidade da Escola Prática de Infantaria espalhadas pelo terreno, que irão dizer os responsáveis?
E ainda sobre Mafra, como pode uma terra húmida, por natureza, ser vítima de um incêndio tão grande e, sobretudo, em terrenos que deviam estar protegidos? Será porque a construção de uma auto-estrada é fundamental? Agora que a Tapada de Mafra praticamente ardeu que justificação vão dar para não se construirem mais prédios e estradas nacionais naquela zona?
Amanhã as temperatras voltarão a subir e, contudo, aguarda-se pelo Livro Branco sobre os incêndios. Que nos irá dizer esse livro Branco? Que é preciso limpar as matas? Que há que controlar as queimadas? Que os bombeiros não podem estar dependentes de verbas para terem água? Que há que existir uma coordenação mais próxima do terreno? Que as populações devem ter mais medos para serem os primeiros a salvar a floresta?
Ou que deve preparar um concurso internacional para o fornecimento de um ar condicionado gigantesco para o país todo? Ou então, que dada a calamidade, o melhor é deixar arder tudo pois assim um reflorestamento nacional sai mais barato que diversos regionais?
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