"seres humanos, a partir de Ingmar Bergman, é um espectáculo sobre a aliteracia emocional ou a "incapacidade de lidarmos uns com os outros". a bem sucedida Charlotte é mãe de Eva e irmã de Karin. Eva vive um casamento aparentemente feliz com Martin. Peter e Karin estão à beira de um tortuoso divórcio. Henrik, segundo marido de Charlotte, afasta-se do mundo real para falar com a morte. Helena é a figura ausente que paira na memória de todos e é o elemento catalizador de todo um 'processo de desumanização'. Este projecto resulta de uma apropriação do universo (textos e imagens) do cineasta sueco que sempre se assumiu como um seguidor da dramaturgia de Strindberg e de Ibsen. temas como a descrença, a infidelidade, a dependência conjugal ou o trauma familiar, são abordados neste espectáculo como território-base para um discurso existencialista que questiona, acima de tudo, a relação do homem com ele próprio, com o outro e com os sistemas sociais que criou. o tecido familiar é o centro da construção narrativa. as personagens são as vozes de uma humanidade confusa, deslocada e doente. a luxuosa mesa de jantar, o palco de uma fábula desencantada. o teatro está ao fundo, quieto e vazio, e lembra-nos de que existe um tempo e um espaço a ser preenchidos… o tempo das memórias felizes e o espaço do sonho e da dignidade humana". martim pedroso
seres humanos de martim pedroso
no teatro taborda, lisboa
17 de maio a 3 de junho - 4.ª a domingo/21:30
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