terça-feira, janeiro 18, 2005

Amor(daçado)

Em 2003, a artista plástica Cornelia Parker causou escândalo e sensação ao amarrar O Beijo, de Auguste Rodin, com cordas. As cordas branco sujo seguiam as tensões da obra escultórica, apresentando-se mais apertadas na zona das cabeças e deslizando pelo resto do corpo. A obra, apresentada na TATE, em Londres, foi contestada por vários artistas e público. E um deles acabou por convocar uma manifestação para "libertar" O Beijo. Estavam previstos 200 casais, apareceram 15 dispostos a beijarem-se em público enquanto o artista cortava as cordas à estátua. A polícia multou-o e Cornelia Parker voltou a amarrar O Beijo, desta vez salientando os nós e os laços, numa clara alusão a arame farpado. A questão que se coloca, hoje e sempre, é: que podemos nós fazer com as obras de arte e até onde vão as intervenções artísticas?


The Distance (a Kiss with added string)

"Cornelia is interested in the intensity of the work [The Kiss]," Judith Nesbitt, the exhibition's co-curator, said yesterday. "These are two lovers wrapped up in each other. It is suggestive of some of the constrictions of relationships." [...] Parker says her bound lovers have "historical reference points". She took her precise length of string from a famous episode when Marcel Duchamp criss-crossed a gallery with a similar length.

Sobre a instalação

No strings attached
Rodin's lovers bound with a mile of string
Meta-interventionism?

uma sátira à instalação, aqui.

post feito depois da passagem de um documentário na :2


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